Extraoficialmente, em 1915, já existia o Cachoeiro F.C. A primeira partida que se tem notícia ocorreu em dezembro de 1915, quando houve um embate com o Paineiras, clube do município de Itapemirim - ES. Na ocasião, o Cachoeiro F.C. atuou com a seguinte formação: Bahiano, Marins e Tinoco; Salvador, Rocha e Ferreira; Antoniquinho, Ribeiro e Achiles; Amulio e Milton (o capitão).
O primeiro campo ficava no bairro Baiminas, onde se localiza o Grupo Escolar Oswaldo Machado.

Em 9 de janeiro de 1916, foi fundado oficialmente o Cachoeiro F.C.,conforme o seu estatuto, por um grupo de pessoas de famílias tradicionais e influentes da sociedade cachoeirense. Em virtude desse fato, passou a ser conhecido como “Clube dos Fidalgos”.
A primeira diretoria foi constituída pelo presidente, Trófanes Ramos, pelo vice-presidente, Manoel Ferreira, pelo 1º secretário, Felinto Nunes Vieira, pelo 1º tesoureiro, José Edson Ribeiro, pelo diretor esportivo, Armando Tavares, e ainda,
contando com a participação de importantes colaboradores, como: Salvador Monteiro, os irmãos, Atilio e Achilles Marins, Jerônimo C. Braga e os irmãos Milton e Mucio Soares Fraga.
Em 1921, uma nova diretoria foi empossada e assim formada: presidente Trófanes Ramos, Milton Pinheiro Alves, Norival Santos, Walter Pinheiro, o tesoureiro Mario Casotti e Nelo Volla Borelli. Ao assumirem, passaram a promover a construção da nova “praça de esportes”, após a doação da área do Arariguaba, feita pelo torcedor Oswaldo de Albuquerque Machado. Entusiasmados com a construção e com a adesão de muitos torcedores e já sob a presidência de José Moreira Rebello, se apossaram de carroças puxadas por burros, pás, enxadas, picaretas e outras ferramentas e, assim, aterraram a grande lagoa existente no local. O esforço despendido foi enorme porque, à época, eram os únicos meios disponíveis. Para produzirem os recursos necessários para a realização desse sonho, foram realizados inúmeros eventos, como rifas, festas e bailes no Caçadores Carnavalescos Clube. Para aumentar ainda mais os recursos e fazer com que a arquibancada fosse construída, foi instituído um “Livro de Ouro” que contou com mais de cinquenta assinaturas, tanto dos torcedores alvirrubros, quanto de membros da sociedade civil cachoeirense. Tal iniciativa foi repleta de êxito.

Depois de muita luta e já sob a presidência de Godofredo Chaves Baião, veio a realização da construção da “artística arquibancada de madeira”, conforme descrito por Mario Casotti em seu manuscrito, proporcionando aos sócios e torcedores melhores acomodações. Após o término das obras foi considerado um dos mais modernos estádios do futebol capixaba.